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34 - PROFETA ELISEU
34 - PROFETA ELISEU

PERSONAGENS: A viúva de Sarepta, o filho da viúva, Elias, Acab, Jezabel, o profetas de Jezabel, os profetas de Acab.

 

TEXTO: 1Rs 17,1-24

 

PALAVRAS-CHAVE: testemunho, casa, seca, fome, pão, água, azeite, farinha, morte, vida, anúncio, denúncia.

 

PERSPECTIVA: Testemunhar a presença do Deus da Vida que suscita vida. Agora sei que és um homem de Deus e que Javé fala verdadeiramente por tua boca. (1Rs 17,24)

 

Preparar o ambiente com os elementos do pão: farinha, água, azeite, sal etc. (deixar em reserva um pão preparado). - Figuras de pessoas famintas, desnutridas, cavalos, burros, armas de guerra etc. - Preparar local visível e destacado para a Palavra de Deus. - Colocar com letras grandes o tema do encontro.

 

2. Acolhida: - Invocar o Espírito Santo, força de Deus que acolhe a anima o seu povo na sua caminhada profética. Cantar - Se calarem a voz dos profetas, as pedras falarão..." ou outro apropriado.

 

3. Motivando a conversa: - Na partilha das experiências num curso sobre profetismo, Ir. Maria nos contou o seguinte fato. "Trabalho numa creche de crianças doentes terminais. Elas não andam e não falam. Ficam num berçário de oito crianças cada quarto. Normalmente são colocadas em colchas com duas ou três crianças e levada para o banho coletivo. Em se tratando de local de doentes, apesar de todo esforço de higiene, o odor é forte. Um dia, ao entrar no dormitório e aproximar-me do berço de uma menina de quatro anos e meio, mas com o tamanho de uma criança de oito meses, para dar-lhe mamadeira, automaticamente, coloquei a mão no nariz. Ela me olhou com um olhar profundo e as lágrimas rolaram. Eu a tomei nos braços e nossas lágrimas se misturaram. A partir daquele dia determinei que cada criança receberia banho, comida e demais tratos personalizados. Aquela criança, cujo nome não aparece na história, foi profeta na vida de Irmã Maria e fez de Ir. Maria profeta na vida das demais crianças e de tantas pessoas que tomarem conhecimento deste fato.

 

a) Você conhece algum fato semelhante?

b) Afinal, o que é ser profeta?

 

4. Situando o texto: - Hoje vamos ler, refletir e rezar 1Rs 21,1-24. Esse texto faz parte do grande bloco chamado ciclo de Elias que vai de 2Rs 17,1 - 2Rs 1,18, onde encontramos as histórias do grande profeta Elias. Quem era Elias? Onde e quando viveu? Elias era um nordestino de Gallaade (1Rs 17,1). Ele viveu em Israel um tempo marcado pela fome, doença, e morte, sobretudo dos camponeses e camponesas. Era por volta do ano 850 antes de Cristo. Nessa época, reinava em Israel Acab, casado com Jezabel, princesa fenícia. Esta família e sua corte estavam preocupadas em acumular riqueza e viver na mordomia. Por isso investiram muito no comércio. Eles fizeram aliança com os fenícios, os maiores comerciantes da época. Israel comprava dos fenícios tecidos, objetos de luxo e armas. E, em troca, oferecia trigo, óleo, azeite e gado.

 

  • Usando do famoso direito dos reis (Dt 17,14-20; 1Sm 8,10-17), Acab e Jezabel pisavam no povo como se fossem donos da vida e da morte de seus súditos. Para piorar ainda mais as coisas, nessa época houve um longo período de seca que prejudicou terrivelmente a vida dos camponeses e das camponesas. Enquanto o povo passava fome e penúria Acab, sua corte e seus profetas estavam preocupados em manter vivos os seus "cavalos e burros", isto é, estavam preocupados com o exército e com o comércio (1Rs 18,1-5).



5. Lendo o texto: - Cantar um refrão de acolhida ao texto bíblico; Ler pausadamente 1Rs 17,1-24. Fechar a Bíblia. Contar a história em mutirão. Abrir a Bíblia e conferir se foi esquecido algum dado: O que nos chamou a atenção?

 

  • Mais um tempo de silêncio para deixar ecoar a Palavra de Deus.

 

6. Aplicando à vida: - Elias, como muita gente de sua época, está fugindo da seca. Sai de Galaade e se dirige para Sarepta, na região de Sidônia. Lá ele encontra uma mulher pobre, viúva, estrangeira que, com seu filho órfão, também vive a penúria da fome e da seca. A esse grupo, de pobres e miseráveis, símbolo das excluídas e excluídos daquela época, Elias pede água e pão. A mulher e o filho o acolhem e partilham com ele o que lhes resta. A partilha generosa e gratuita da mulher faz o milagre da fartura.

 

É com essa comunidade de sofredores e sofredoras anônimos/as que Elias convive durante três anos, na partilha e na solidariedade. Cresce a opressão da sociedade, mas ao mesmo tempo cresce a resistência dos pobres, grito profético contra a força da morte que continua destruindo a vida do povo. O filho único da viúva acaba morrendo. Agora é a mulher que desafia Elias. Elias clama a Javé. Javé, o Deus da vida, presença sagrada na comunidade que acolhe e partilha, ouve o clamor, restaura a vida do menino... Na resistência, na partilha, na solidariedade dessa comunidade profética, Elias experimenta a manifestação sagrada de Deus, capta a sua presença e sua palavra se torna Palavra de Deus. Foi desse grupo de pobres que ele recebeu a confirmação de sua missão: "Assim disse a mulher a Elias: ‘Agora sei que você é um homem de Deus, e que de fato anuncia a palavra de Javé'" (1Rs 17,24).

 

A situação de opressão é um apelo à profecia que nasce no meio do povo e se expressa no seu esforço de organização. Mesmo sem falar, a presença dos pobres, excluídas e excluídos, é um grito profético que interpela a consciência da nação, a vivência de nossa vida religiosa. Os profetas e as profetisas, comprometidos e comprometidas com a causa dessas pessoas, captam o seu grito, se tornam seus porta-vozes e as ajudam na sua organização.

 

A viúva de Sarepta, seu filho, a menina da creche da história que rezamos no início da reunião, como a maioria dos excluídos e excluídas, não têm nome. É assim também hoje: os sem terra, os sem casa, os meninos e meninas de rua, os prisioneiros e prisioneiras mortos nas rebeliões, e tantos outros excluídos e excluídas que nossos noticiários falam sem dizer os nomes. Eles e elas são os servos e as servas sofredoras, cuja vida é uma profecia anônima da situação de opressão em que vivemos.

 

a) Quais as situações hoje que é um apelo profético?

b) Que respostas já estamos dando? c) Que passos ainda podemos dar?

 

7. Celebrando: Ao longo de nossa história experimentamos das mais diferentes maneiras a presença de Deus que suscita na história profetas e profetisas que vão apontando para o povo o caminho a seguir. A história de Elias e da viúva com seu filho, capta essa experiência de Deus pai e mãe que está junto, acompanha, cuida, protege...

 

  • Trazer o pão. Todas/os estendem a mão e abençoam com o canto: Este pão será abençoado, pois o senhor vai derramar o seu amor (ou outro apropriado).

 

  • Com este pão que vai ser partilhado queremos refletir: com que grupos estamos comprometidas/os? Qual é o nosso lugar social? Qual é o apelo de Deus para nossas comunidades hoje?

 

  • Pai nosso....

 

- Vamos partilhar o pão rezando em forma de súplica, de agradecimento, de louvor o apelo profético que a comunidade da viúva de Sarepta e o profeta Elias fazem para nós hoje. Todos respondem: Amém, Senhor. Após duas ou três partilhas cantar: "Eu quero ver, eu quero ver, acontecer".... ou "Ninguém pode prender um sonho, impedir alguém de sonhar.."